de Ilça Caldeira da Silva
Lentamente, eu olhava ,
parava e sorria.
Apertava os olhos para
melhor contemplar,
A Igreja da Lapa, o rio,
que bem me fazia,
Aquela visão caminhando ao
encontro do mar.
Já foi bravo e forte,
agora silencioso e triste.
Pessoas passando sem olhar
a correnteza.
Naquele mundo de água, peixes
não mais existem.
Já teve seus dias
gloriosos de tanta beleza.
O escurecer sedia lugar a
lua prateada.
Postei-me num recanto, por
certo o mais bonito,
Da abençoada planície, sob
a abóboda estrelada,
Onde terra, céu e mar se
abraçam no infinito.
E as pessoas passando,
indiferente a minha tristeza.
Como não ser poeta, se
tudo ao redor e poesia?
Voltei-me mais um pouco,
contemplando a beleza,
Misturando minhas lágrimas
ás suas águas em agonia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário