terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MEU RIO PARAÍBA



 
de Ilça Caldeira da Silva

        Lentamente, eu olhava , parava e sorria.
        Apertava os olhos para melhor contemplar,
        A Igreja da Lapa, o rio, que bem me fazia,
        Aquela visão caminhando ao encontro do mar.

        Já foi bravo e forte, agora silencioso e triste.
        Pessoas passando sem olhar a correnteza.
        Naquele mundo de água, peixes não mais existem.
        Já teve seus dias gloriosos de tanta beleza.

       O escurecer sedia lugar a lua prateada.
       Postei-me num recanto, por certo o mais bonito,
       Da abençoada planície, sob a abóboda estrelada,
       Onde terra, céu e mar se abraçam no infinito.

       E as pessoas passando, indiferente a minha tristeza.
       Como não ser poeta, se tudo ao redor e poesia?
       Voltei-me mais um pouco, contemplando a beleza,
       Misturando minhas lágrimas ás suas águas em agonia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário