de Ilça Caldeira de
Silva
Pousa no meu coração
como pousam as aves,
Nos ninhos, quero
ouvir os teus gorjeios suaves.
Constrói-me, ao teu
prazer, com raminhos dispersos,
E aquecerei teu corpo
com o calor dos meus versos.
Deixa-me ouvir-te à
noite em languidez convulsa,
O peito que suspira,
o coração que pulsa.
Permita-me escutar os
clarões matutinos,
A musicalidade
excelsa dos teus trilhos.
Um doce aroma
agreste, à tarde azul trescala.
É o hálito da flor
que certamente fala,
É hora de voltar o
ninho a passarada.
O dia vai fechando,
as pálpebras cansadas.
A brisa do repouso em
doce perpassar,
Sussurra levemente um
canto de ninar.
Os ramos, como em sonhos,
impulsionam os ninhos,
Como braços maternais
a embalar filhinhos.
Pousa em meu coração,
pois queimam como brasas,
As penas que
deixasses ao sacudir as asas,
Quando sem rumo certo
ao céu azul subiste,
Deixando-me sozinha,
abandonada e triste.
O blog esta ótimo parabéns !!!
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