de Ilça Caldeira da Silva
Silêncio! Não desperte o poeta do seu sono mais profundo.
Velado pela brisa e pelo perfume suave da montanha mais
alta.
Deixa apenas falar a beleza dos poemas que deixou no mundo,
Sob A tranquilidade de um céu azul que a natureza esmalta.
Silêncio! Não perturbe a quietude dos longos trilhos,
Onde a voz da poesia ainda está dormindo.
O orvalho repica nas folhas que já não tem mais brilho.
Porque as lágrimas da saudade ainda estão caindo.
Silêncio! Para que se possa ouvir o soluçar da madrugada.
E entre o pranto e a dor. Contemplar a eternidade,
Somente à sombra da oração a dor fica calada
E o coração se aconchega nos braços da Divindade.
Silêncio! Olhe com respeito à campa onde a tristeza mora
Onde, os sonhos mais bonitos, chegam ao seu final.
Repousa, na abundância, da Santa Paz agora.
Quem foi no mundo a luz brilhante de um fanal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário