de Ilça Caldeira de
Silva
Como um pássaro
aceso, como um grito,
Palpitando canções em
movimento,
A alma a correr num voo
circunscrito,
Cabelos soltos,
navegando ao vento.
Festa no azul,
surpresa anseio e rito,
Espanto, encanto e
deslumbramento.
Nas penas os lampejos
do infinito
E nos olhos os
limites do momento.
Não choram os poemas
de singelas fontes,
Nem se calam o som
dos grandes madrigais.
Olhando o céu, o mar
ou os altos montes,
Então veremos
Vinícius de Moraes.
Como um pássaro
alegre e descuidado,
Que fez de cada
pensamento um infinito.
Sem lições de futuro
e de passado.
Descansa em paz nas
mãos de Deus bendito.
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